Depois de localizar no mapa Puerto Montt e Bariloche, identificando o rumo no terreno, Carlos calculou uns 2.500 Km. Não seria nada fácil navegar para um marinheiro de primeira viagem. Emissoras de rádio destas cidades poderiam amarrar a direção, no radiogoniômetro. Com estas anotações à mão, partiu imediatamente, prevendo apenas uma única parada para abastecer, próximo de Buenos Aires. Chegaria ao anoitecer, a volta seria pelo mesmo caminho.
No
dia seguinte, Carlos começou a circular pela fronteira entre
argentina e Chile, sobrevoando as cidades mais próximas. O plano era
mesmo ser visto! As pessoas mais motivadas poderiam ajudá-lo
avistando as naves alienígenas, e dando pistas da localização
exata da base. Carlos fez algumas passagens rápidas nas montanhas,
sem ser visto como gostaria, então começou a pairar nos bairros
mais populosos. Agora sim, todos ficavam olhando e chamando mais
gente para ver. A euforia repercutindo na mídia estimulava mais
gente a observar óvnis à noite.
De
dia, quase não era percebido, mas de noite, com sua luminescência
azulada, ele causava a maior sensação. Em seguida, pousava em
bosques isolados perto da cidade, onde podia deixar a nave escondida,
enquanto ia andar pelas ruas para ouvir os comentários sobre
avistamentos. Durante 2 ou 3 dias, as cidades da região registraram
mais avistamentos do que em décadas. O resultado apareceu
finalmente, quando as luzes vermelhas dos Haunebu ou dos Vril também
foram vistas. Quem pede, recebe; quem se movimenta, tem preferência!
A
televisão divulgava entrevistas e até vídeos. Carlos só precisou
comprar mapas locais para traçar as rotas e avaliar as
possibilidades de localização. Aquelas luzes vermelhas apareciam e
desapareciam sempre nas proximidades do Vulcão Osorno. Carlos
descobriu que gases quentes vindos do núcleo da Terra,
eventualmente, derretiam toneladas de neve, em segundos, abrindo
passagens para o interior da montanha. Alpinistas e esquiadores
afortunados aproveitavam o raro fenômeno para explorar as cavernas
temporárias. Como sempre nevava, à noite, naquela região, as
brechas se fechavam totalmente como se elas nunca tivessem existido.
Carlos
fez uma campana para observar o Osorno e a entrada dos óvnis, sem
ser visto. áliens preferem sair nas horas mais escuras. Sabendo
isso, ele descansava de dia e ia para lá à noite. Então, sua
perspicácia foi recompensada. Um jato de vapor saiu de uma das
laterais do vulcão, expondo um portão corrediço de metal com
telas, que se abriu imediatamente. Desse imenso portal, saiu uma
nave, era enorme o tal de Haunebu, com luminescência vermelha e um
sibilo constante. Num instante, ele desapareceu em uma trajetória
quase reta, voando na direção do horizonte. Felizmente, era lua
cheia iluminando as encostas geladas. Tá me dando maior bola!
Em seguida, espargidores externos de água eram acionados, e os respingos viravam neve na hora, cobrindo a tela. Carlos estava muito longe! Ele mal pode chegar ao local, já estava tudo fechado de novo. Depois de algum tempo, novamente, "Abre-te Césamo". Desta vez, Carlos se esgueirou, entrando pelo portal e se escondendo lá dentro. Precisava observar, para traçar um plano. Só havia humanos trabalhando ali, o que parecia bom, mas câmeras monitoravam todo o espaço das instalações. Um túnel largo para os Haunebu circulava a montanha, talvez para uma espécie de aeródromo, em algum salão subterrâneo. Não chuta, cara! Baixa a bola!
Percebendo que um operador se afastou de sua sala, devido a algum problema, nas máquinas do portão, Carlos adentra no local de comando, que tinha as paredes cheias de mostradores tipo relógio e telas redondas de TV, por onde se podia ver o exterior da montanha e os limites internos do portão. Talvez, o operador tivesse visto Carlos, brevemente, por isso aproximou-se para averiguar. Não deveria ser incomum esquiadores ou alpinistas perambularem por ali.
De dentro da sala, pela TV, Carlos vê aquele homem examinando o trilhos. Por janelas escuras, ele também via outros homens, em seus locais de trabalho realizando a suas atividades. Tudo calmo! Enquanto ele vasculha gavetas à procura de informações, nem nota que o responsável havia retornado. O homem tem uma pistola na cintura e fala com Carlos. O rapaz não entende nenhuma palavra que ele disse, provavelmente em alemão. Carlos apenas repete alto: Karlen Lichtener, Karlen Lichtener. Ih, deu zebra! To bolando algo...
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