1970
- 21 de junho. No Estádio Azteca na Cidade do México, com um
público estimado em 108.000 pessoas, o primeiro tempo terminou
empatado em 1 a 1. Ao final dos 90 minutos, o placar era de 4 a 1
para a equipe brasileira. O capitão Carlos Alberto Torres ergue a
Taça Jules Rimet, entregue à equipe tricampeã, definitivamente. No
sofá da sala, em Farroupilha, diante da TV explodindo, Érica dá à
luz mais um futuro craque. Na semana seguinte, ela o registra, pai
não declarado, e o deixa aos cuidados da avó. Naquela comunidade
atrasada, sem família influente, ela não teria mais chances. O
futuro a esperava bem longe dali! E, se foi...
O
pontapé inicial
Apesar
de nunca ter sido o craque que se previa, Carlos Alberto, o Silva,
também gostava de futebol, sem nem ao menos participar das peladas.
A cada novo time que se formava, e ele era convocado, já ia logo
avisando que não jogava nada. Mas, o pessoal dizia: né nada, o jogo
é só de brincadeira, aqui ninguém joga mesmo. Lá ia, o Carlos
Alberto! Dali a pouquinho, alguém lhe chamava: É, tá bom! Vai
descansar, fica lá no banco, deixa outro entrar...
1989 - 21 de junho. Carlos Alberto Silva, pelo menos, não é só mais peladeiro de várzea. Ele é também um jovem habilidoso, que vive em uma chacrinha, na Serra Gaúcha. Além de produzir hortaliças para ajudar a vó, Lorena, ele garante uma pequena renda extra, na velha oficina, ao lado da casa, onde o avô trabalhava... até cinco anos atrás quando desapareceu sem pistas. Já que não havia explicação oficial, palpites eram incontáveis. Qualquer coisa era possível. Desde fugir com alguma pistoleira, ter caído em um buraco e morrido, capturado pela Mossad, até ter enjoado daquele lugar e, abandonando todos, ter ido buscar seu passado. Quem sabe?
1989 - 21 de junho. Carlos Alberto Silva, pelo menos, não é só mais peladeiro de várzea. Ele é também um jovem habilidoso, que vive em uma chacrinha, na Serra Gaúcha. Além de produzir hortaliças para ajudar a vó, Lorena, ele garante uma pequena renda extra, na velha oficina, ao lado da casa, onde o avô trabalhava... até cinco anos atrás quando desapareceu sem pistas. Já que não havia explicação oficial, palpites eram incontáveis. Qualquer coisa era possível. Desde fugir com alguma pistoleira, ter caído em um buraco e morrido, capturado pela Mossad, até ter enjoado daquele lugar e, abandonando todos, ter ido buscar seu passado. Quem sabe?
Não
bastasse isso, quando Carlos tinha 16 anos, um outro fato estranho
acabou mudando sua vida. Aconteceu em um acampamento, desses que as
escolas fazem no final do ano letivo. Um tumulto durante a noite
causou pânico entre os alunos, e uma colega ficou horas
desaparecida. Quando foi encontrada, ela parecia muito perturbada.
Exames verificaram mais tarde que ela esteve grávida. Na polícia,
ela afirma que foi capturada, por desconhecidos, mas depois ficou
inconsciente. Ela nunca soube que estava grávida, ainda mais, que
havia perdido o seu bebê.
Entre
amigos, ela desabafou que havia duas criaturas tipo extraterrestres
além de um casal de humanos, aonde ela foi levada. Com essa
história, Carlos fica obcecado pela ideia de que o avô também fora
abduzido, após algum contato imediato, e, desde então, passou a
estudar casos de avistamentos de óvnis, e incidentes com
alienígenas...
… Porém, não ao ponto de prejudicar o curso de mecânico, que concluiria no final daquele ano. Ele teve pouco contato com o avô, mas herdou a oficina bem montada, onde já consertava as motos dos amigos, para ir treinando. Além disso, o velho Arno deixou equipamento e apostilas de montanhismo. Carlos pôde algumas vezes participar de escaladas com o avô, com colegas e até servir de guia para os turistas de primeira viagem, que são comuns no local.
… Porém, não ao ponto de prejudicar o curso de mecânico, que concluiria no final daquele ano. Ele teve pouco contato com o avô, mas herdou a oficina bem montada, onde já consertava as motos dos amigos, para ir treinando. Além disso, o velho Arno deixou equipamento e apostilas de montanhismo. Carlos pôde algumas vezes participar de escaladas com o avô, com colegas e até servir de guia para os turistas de primeira viagem, que são comuns no local.
Região
montanhosa, com inúmeras vias para alpinistas e exploradores de
cavernas, a linha Müller, onde eles viviam, era pertinho de um ponto
turístico dos mais conhecidos do Brasil, o Salto do Ventoso. Os
visitantes buscam a região, por aventuras, boa comida e bebida.
Muitos vêm de motos, algumas grandes, cheios de equipamentos e
vaidades com suas performances. Carlos aprendeu muito compartilhando
relatos que ouvia dos forasteiros e conhecendo as suas máquinas
incríveis. O local não é muito agitado sempre, mas tem seus dias
de grandes feitos.
Uma outra versão deste blog pode ser encontrada em:
http://ytcharuau.wix.com/nem-ovnis-nem-aliens