terça-feira, 10 de novembro de 2015

QUEM É MARIA ORSIC?



Marija Oršic ou Maria Orschitsch (em alemão), foi uma famosa médium na primeiras décadas dos anos 1900, uma divulgadora do folclore germânico e criadora da Sociedade Vril. Ela apoiou a união dos povos de língua alemã, espalhados por diversos países, e o movimento para a anexação da Áustria ao Reich (Anschluss). Ela começou a apresentar o dom de clarividência antes dos 15 anos de idade.

Nas aparições públicas, ela atraia curiosos e desesperados. Os pais dela, relutantes, consentiram com suas performances, no começo. Mas, a garota não demoraria para surpreender a todos. Além das experiências de praxe, como os truques de salão, e o atendimento de pedidos pessoais, para contatos com espíritos desencarnados, Maria professava pensamentos relacionados com a mitologia germânica e união das comunidades de língua alemã, que não provocaram imediatamente um grande interesse nas pessoas.dade.


No começo da Primeira Guerra Mundial, em 1914, começaram a se multiplicar os ecos das alegações de Maria, quanto à raça e à cultura alemãs. Refutavam a teoria de sua origem europeia, entre os povos bárbaros locais. Maria talvez tenha sido uma das primeiras pessoas a alegar que os arianos vieram da Ásia.


E, não faltou gente, com visão de futuro, acreditando que ela tinha uma importante missão. Por ser considerada mais bela do que qualquer estrela de Hollywood, sua bela imagem acabou sendo associada à nobre causa da Pátria (Vaterland), e muitos peregrinos vinham de longe para vê-la.


Entre alguns alemães, que apareceram na cidade para consultá-la, havia um jovem que voltou outras vezes sozinho. Bernhard ainda era tenente, na Bavária, quando se apaixonou por Maria. Ele a convenceu a acompanhá-lo para um encontro especial em Viena. Era 1917 e a bela cidade não havia perdido o seu brilho, mesmo com as notícias dos horrores da guerra. Os bondes, as vitrines com a última moda, os cafés e restaurantes, tudo estava como sempre, magnífico. Nos palácios, os bailes maravilhosos, os cavalheiros com fardas de gala e as damas com vestidos rodados, modelos clássicos. Os tubinhos com chapéus clochês eram vistos na rua, assim como os terninhos de gola alta, e os chapéus palhetas, para os mais modernos. O dia mais esperado, seria quando Maria iria conhecer o avô de Bernhard, o General Karl Haushofer, era tudo que interessava ao jovem casal.



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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A PEDRA NEGRA



O dia mais esperado para Maria, quando visitou Viena em 1917, foi o do encontro com, o General Karl Haushofer, avô do tenente Bernhard. O jovem oficial se apaixonara por ela, antes do começo da 1ª Guerra Mundial, e se encontrava com ela durante as licenças. Agora, com as frentes estagnadas e muitas baixas causadas pelas armas químicas, era cada vez mais difícil.

Ao saltarem da carruagem em frente ao Café Schopenhauer, os jovens enamorados foram recebidos com atenção especial, pelo velho militar, que lhes indicou uma mesa onde já se encontravam dois homens. Nas apresentações, eles viram que se tratavam de celebridades, o barão Rudolf von Sebottendorf, e o piloto capitão Lothar Waiz, da mesma turma de von Richtofen, o Barão Vermelho.



Para essa reunião, os tres homens haviam planejado ouvir a opinião de Maria sobre as ideias que eles tinham para o futuro do povo Alemão. Apesar de ter apenas 22 anos, ela se identificou totalmente com a causa deles, e lhes contou sobre as visões que tinha, onde todos seriam unidos pela língua e demais tradições germânicas, em futuro grandioso. Entusiasmados, realizaram um ritual maçônico, muito discreto, com o qual criaram a ordem secreta da Pedra Negra, a base para a construção de um novo mundo, e se despediram. Eles só se  veriam dois anos depois.


 
Maria continuou suas atividades, em Zagreb. Mas, com a guerra se tornando uma tragédia, cujos combates estouravam nas portas da cidade, a família se recolheu para o campo, onde havia um parente agricultor. Talvez, um dos motivos mais importantes para isso foi a possibilidade de serem caçados, devido às pregações de Maria pela unificação da Aústria e Alemanha. Isso havia sido proibido pelo Tratado de Versailhes, imposto aos derrotados, quando a guerra acabou, depois da abdicação do Kaiser Wilhelm.

Em 1919, ela se mudou para Munique, onde morava o seu noivo, sem o casamento tradicional, como queriam seus pais. O grupo da Pedra Negra, também se estabeleceu na mesma cidade, mas alugou o pequeno refúgio do guarda-florestal, próximo de Berchtesgaden, onde se reunia. Depois de alguns encontros com o grupo, Maria Orsic decide criar o seu próprio círculo, o "Alldeutsche Gesellschaft für Metaphysik", mais tarde conhecido como Vril, juntamente com outra médium, da qual se sabe apenas o primeiro nome, Traute. Ela se auto-intitulava como Sigrune (uma das valquírias). A palavra Vril surgiu quando espíritos referiram-se a uma espécie evoluída que visitou a Terra, em um passado remoto, e se estabeleceu no Oriente Médio, sendo o significado de “Vri-Il”, no antigo sumério, (“igual a Deus”).



domingo, 8 de novembro de 2015

A SOCIEDADE VRIL




A sociedade criada passou a ser formada por um grupo de muitas psíquicas, todas jovens, que entre outras coisas eram contra a nova moda de corte de cabelo curto para mulheres. Maria era loira e Traute tinha cabelos castanhos. Elas eram muito bonitas e usavam longos rabos de cavalo, um penteado muito incomum na época. Esta se tornou uma característica para identificar as mulheres que integraram a Vril, que foi mantida até maio de 1945. Em público, no entanto, elas quase nunca exibiam os cabelos no estilo rabo de cavalo ou soltos. 

No local de reunião, a duas horas de Munique, os homens da Pedra Negra começaram a registrar as informações que as mulheres da Vril recebiam. Entre as palavras dos antepassados históricos, que os orientava aos caminhos para o futuro prometido, havia propostas de desenvolvimento tecnológico provenientes de culturas mais avançadas, que poderiam alavancar o progresso da ciência. Mais do que as exortações a posturas dignas e corajosas diante da derrota em 1918, construir máquinas mais eficientes que as disponíveis, foi o que atraiu a atenção dos integrantes dos grupos. Uma tecnologia sofisticada que permitiria até mesmo viagens espaciais e interestelares, seria repassada por telepatia, bastando apenas que pessoas capacitadas a recebessem para colocá-la em uso.


Entidades, que se diziam pertencentes a uma civilização, que prosperou na Terra antes dos sumérios, apresentam-se como moradores de um planeta orbitando a estrela Aldebaran, na constelação de Touro. Os antepassados desses seres, quando viviam aqui, há 10.000 anos atrás, foram obrigados a se refugiar em subterrâneos, devido a uma catástrofe global, e com o tempo foram se miscigenando com os terráqueos sobreviventes, que os consideravam como deuses. Durante milênios, eles influenciaram os nativos ajudando-os a progredir, mas consideravam atualmente que a nossa espécie havia perdido boa parte das características positivas. As entidades afirmam que têm a forma humana, embora mais desenvolvida, devido ao elevado padrão genético que atingiram. E, agora estavam dispostos a nos oferecer de novo a oportunidade de melhorar as nossas perspectivas no Planeta. Isso soa como música para os defensores da hegemonia germânica.


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sábado, 7 de novembro de 2015

CONTATOS CÓSMICOS



No dia 15 de julho de 2012, uma conjunção entre Vênus, Júpiter e a estrela Aldebaran – a super gigante vermelha da constelação de Touro – poderá ser vista a olho nu, entre às 4h30 e às 6h.

Até o início dos anos 20 não havia mais nada além de balela e folclore alemão, misturados com relíquias orientais. Mas, agora, havia desenhos com fórmulas matemáticas e químicas, e muitas orientações de preparativos para os objetivos futuros. Isso tudo nem um pouco fácil de entender. As médiuns não conseguiam transcrever corretamente os dados recebidos, ao tomarem conhecimento deles nas imagens mentais. Maria Orsic sentiu-se incapaz de continuar com as informações técnicas, pois chegavam em grande volume, difícil de lembrar enquanto escrevia. Depois de várias tentativas, Traute Sigrune adquiriu a rapidez suficiente para repassar ao papel tudo que visualizava. Com essa mesma técnica, Maria também conseguiu.


Com base nas revelações psíquicas, vieram os exercícios de concentração, em transe, para despertar e desenvolver capacidades físicas e telepáticas, com o objetivo de preparar algumas pessoas para viajar até Aldebaran. As dificuldades da língua alemã e da matemática decimal foram superadas, mas ainda havia um longo caminho até as teorias mais complexas. Só Maria e Traute conseguiam interpretar e repassar o que era transmitido, com a rapidez e precisão necessárias. Por isso elas foram as escolhidas para as viagens interdimensionais. A comunicação, em Aldebaran, só seria viável por telepatia, então pessoas sem este dom não poderiam se candidatar.


A primeira providência para os membros da Pedra Negra, também chamada de Thule, seria repassar à indústria o projeto de uma máquina extraordinária, que fosse segura para as condições excepcionais as quais se destinava. E, em 1922, um disco que não voava mas permitia viagens até o planeta Suomi de Aldebaran, estava pronto. Foi relativamente simples construi-lo, porque se tratava apenas de um receptor de sinais, a parte mais difícil era por conta dos anfitriões, que emitiriam os comandos de teletransporte. O maior trabalho na Terra foi o de dar as condições de sobrevivência de uma pessoa dentro do artefato. As instalações eletromagnéticas a bordo não eram muito diferentes, com algumas melhorias, das já conhecidas na época.


Os integrantes da Thule e da Vril chamaram o seu primeiro projeto técnico de máquina de voar ao além, ou (JFM) Jenseitsflugmaschine. Uma campanha denominada apenas por suas letras iniciais J-F-M foi apresentada à comunidade de negócios alemã para arrecadar fundos para a construção desta máquina. A primeira assinatura na lista foi a de Himler, e o valor que ele doou serviu de modelo para todos os seguintes. Em 1922, as peças da máquina começaram a chegar a partir de várias fontes industriais, pagas integralmente pelas sociedades Thule e Vril.


Depois de montado o aparelho tinha a forma de disco, com uma gabine fechada no centro. Ao funcionar criava-se um campo eletromagnético rotativo com intensidade crescente, até um ponto onde ocorria uma oscilação interdimensional, abrindo uma porta para outro mundo, ou portal do além. O único objetivo seria alguém fazer contato diretamente, em Suomi, Aldebaran, com aqueles que tinham fornecido as informações através da canalização.



As duas escolhidas viajaram, assim que se sentissem prontas, uma de cada vez, com a diferença de alguns meses. Maria que foi a primeira, teve confirmada uma gravidez inesperada, quando Traute estava partindo. Como já estava casada com Bernhard, há vários anos, mesmo procurando evitar filhos, era possível que por acidente tivessem feito algo errado. Mas, a segunda viajante era solteira, e depois de sua volta, ela também estava grávida.


Infelizmente, as duas não tinham muito a contar sobre a outra civilização. Os teletransportes de ida e de volta foram assustadores, mesmo em transe, e a estadia no planeta foi em um local isolado, pois as condições locais não eram compatíveis com a nossa constituição fisiológica. Os seres de lá só podiam se aproximar das viajantes em trajes especiais. Além das palestras institucionais, por telepatia, por vários dias, cada uma recebeu apenas uma metade de uma chave, que juntas permitiriam, no futuro, o funcionamento de uma máquina especial para beneficiar as pessoas da Terra.


A única explicação que Maria e Traute podiam dar, é que foram manipuladas e inseminadas pelos seres, enquanto dormiam entre os períodos de atividade de instrução. Elas tentaram se comunicar outras vezes, para reclamar porque haviam sido abusadas e vieram a engravidar, mas os seres também não tinham explicação convincente. Eles acreditavam que a expectativa da viagem pode tê-las feito ovular, e o transporte provocou a duplicação os RNA dos óvulos, produzindo clones delas. Se fosse assim, eles advertiam que cada criança só sobreviveria próxima da meia chave que sua mãe recebeu em Aldebaran, pois ela a manteria ligada ao portão interdimensional, onde foi concebida.


Por via das dúvidas, ninguém mais viajou para Aldebaran. Quando as duas meninas nasceram, eram muito parecidas com as mães realmente, mas após decisão unânime o JFM foi desmontado. O efeito colateral da suposta gravidez de clone não foi bem visto, inclusive por causa do outro problema. Eles verificaram horrorizados porque os bebês paravam de respirar, em seguida, depois que eram afastados das chaves que suas mães trouxeram. Depois de dois anos de pesquisas, até 1924, a máquina, dividida em caixas lacradas, foi transferida para Augsburg, e armazenada nas instalações Messerschmitt. No fim da guerra, nenhum vestígio da JFM foi encontrado.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

OS PIONEIROS



O general Karl Haushofer foi um geopolítico alemão. Muitas das suas ideias, passando pelo seu aluno Rudolf Heß, imediato de Hitler, influenciaram o desenvolvimento das estratégias expansionistas dos nazistas. Embora, sempre tenha negado ligação com o III Reich.



Em 1908, foi designado adido militar em Tóquio, e indicado como professor de artilharia. sua principal atribuição era estudar o exército imperial japonês. Durante os quatro anos seguintes, viajou pelo extremo oriente, aprendendo Japonês, Coreano e Mandarim, que se somaram às outras línguas que já conhecia anteriormente, Russo, Francês e Inglês.

Sendo estudioso de Schopenhauer, durante sua estadia no oriente, pesquisou ensinamentos esotéricos. E, adquiriu suficiente fluência para traduzir textos hindus e budistas, tornando-se uma autoridade em misticismo antigo. Visitando o Tibet, interessou-se particularmente por uma tribo chamada ariana, há muito extinta, que se fixara entre o Irã e a Índia. Suas ideias impressionaram muito Heinrich Himmler.


Além de textos sagrados e relíquias históricas, ele levou para a Alemanha vários tipos de minérios e gemas preciosas, quase tudo nunca visto no ocidente. Um lote de pedras preto-azuladas, apenas classificadas como originárias do Tibet, mais tarde foram denominadas de Xerum 525, depois de profundamente estudadas pelo professor Braden Lenk, da Universidade Técnica de Dresden.


Ele acreditava que a falta de conhecimento geográfico e geopolítico dos alemães fora uma causa importante da derrota. Com 45 anos de idade, recebeu o seu doutoramento em geografia política. Na altura da primeira guerra mundial, alcançara já o posto de general e comandava uma brigada na frente ocidental. Ficou destroçado com a derrota da Alemanha, aposentando-se em 1919. Foi quando decidiu inaugurar a Ordem da Pedra Negra, depois chamada de Thule. Durante a II GM, o seu filho foi acusado de traição e executado, por um atentado contra Hitler. Quando a guerra acabou, ele não foi levado a julgamento, em Nuremberg, mas suicidou-se com a esposa.




Rudolf von Sebottendorff (ou barão de Sebottendorff) foi o pseudônimo de Adam Glauer, que também se passava por Erwin Torre. Ele foi uma figura importante nas atividades da Sociedade Thule, uma organização ocultista que influenciou o Partido Nazista. Ele era maçom e praticante de meditação, astrologia, numerologia, e alquimia. Glauer nasceu próximo de Dresden, trabalhou como técnico no Egito até 1900, e depois teve uma curta carreira na marinha mercante, para finalmente se estabelecer na Turquia, como engenheiro. Lá, aparentemente, foi adotado pelo expatriado barão Heinrich von Sebottendorff, de quem herdou o título.

Ele voltou para Dresden, onde se casou e se divorciou em poucos meses. Como cidadão otomano, ele havia lutado na Guerra Balcânica, ocasião em que se feriu em combate. Por isso, na Alemanha, ele foi dispensado do serviço militar durante a Primeira Guerra Mundial. Estabelecendo-se mais tarde em Munique, ele criou a Sociedade Thule, e se tornou o proprietário do Völkischer Beobachter, que Hitler comprou em 1921. Esta era a mais importante ferramenta de propaganda de Hitler.  Alguns anos depois, entretanto, ele foi condenado como impostor e falsificador.


Sebottendorff deixou a Sociedade Thule, acusado de negligência ao permitir que os nomes de vários membros importantes caíssem nas mãos do governo da curta República Soviética da Baviera. O resultado foi a execução de sete deles, após o ataque ao governo de Munique em 1919, e seu retorno à Turquia, fugindo das retaliações. Lá, Sebottendorff foi recrutado como agente da inteligência militar alemã em Istambul entre 1942 e 1945, mas não foi utilizado. Enquanto isso, aparentemente, também trabalhava como agente duplo para os britânicos.





Lothar waiz começou sua carreira de aviador, aos 29 anos, em 1915, durante a I GM, como observador aéreo, oportunidade em que conheceu grandes áses como Oswald Boelcke (criador das técnicas de combate aéreo)  e Manfred von Richthofen (Barão Vermelho). Mais tarde, foi piloto combatente, e sobreviveu a vários duelos, até se envolver em um desastre com a perda de duas aeronaves albatroz, no qual ele conseguiu fazer um pouso de emergência, embora se ferindo gravemente. O outro piloto morreu devido ao impacto com uma árvore. Era o último ano da guerra, Richthofen havia sido abatido por um atirador do solo, e as perspectivas de vitória diminuíam devido ao reduzido apoio logístico.

Resistindo às limitações, alguns gestos de ousadia pareciam dar chances de mudar a realidade. Waiz e Fritz Hohen decidiram, por conta própria, seguir uma esquadrilha francesa que avistaram, mas foram vistos e atacados. Os pilotos não foram atingidos, mas as aeronaves, em chamas, não podiam mais ser dirigidas e mergulharam para o fim. Em um julgamento sumário, e ainda convalescente, Waiz foi considerado imprudente e responsabilizado criminalmente, sendo designado para a burocracia. Depois que a guerra terminou com a derrota alemã, a força aérea foi dissolvida completamente sob as condições do Tratado de Versailhes, que exigiu que seus aviões fossem destruídos. 


A primeira aeronave circular alemã foi testada em junho de 1934, sob a direção do dr. Schumann na fábrica de aviões Arado em Brandenburg. Tratava-se do RFZ 1. Por ocasião de seu primeiro voo, que foi também o último, ela subiu verticalmente a uma altura de 60m, mas começou a dançar no ar, durante alguns minutos. A empenagem Arado 196  que deveria guiar o aparelho mostrou ser completamente ineficaz. Foi com muito sacrifício que o piloto de provas, Lothar Waiz, conseguiu pousá-lo no solo e saltar para se afastar correndo. O aparelho descontrolado começou a rodopiar, antes de capotar e se despedaçar completamente. Foi o fim do RFZ 1, mas o início dos engenhos voadores Vril.


Motores de pistão tradicionais e hélices, mesmo assistidos pelo levitador eletromagnético do professor Schumann, tentados inicialmente, eram incapazes de dar sustentação e dirigibilidade adequadas aos modelos discóides. O RFZ 2 só ficou operacional no fim do ano de 1937, depois dos testes com "Sino", quando passou a utilizar o mercúrio saturado com xerum para maior eficiência da propulsão Vril. Seu diâmetro era de 5m, e os contornos do aparelho ficavam sombreados quando os motores funcionavam. Ele se iluminava com diversas cores, o que é bem característico dos OVNIs. Conforme a força de propulsão, a luminescência crescia passando por branca, azul, verde, amarela, laranja, vermelho e violeta.


Apesar de ser muito difícil e perigoso manobrar próximo do solo e de obstáculos, o que o tornava inadequado para o combate, o RFZ 2 foi útil, em 1941, com turbinas pulsejet que lhe davam maior rapidêz e autonomia, para o reconhecimento de grande altitude, durante a “Batalha da Inglaterra”, depois que ficou claro que os caças alemães ME 109 não poderiam levar mais combustível e aumentar seu alcance. Um deles foi fotografado por uma aeronave britânica, em fins de 1941 no Sul do Atlântico, quando se dirigia para o cruzador auxiliar Atlantis, que se encontrava nas águas da Antártica. 


Após essas conquistas, as Sociedades Thule e Vril prepararam um local de experimentação em Brandenburgo, onde começaram a projetar um modelo de disco voador maior, cerca de 10m de diâmetro, equipado com armas leves, propelido por levitação de mercúrio e turbinas axiais à alcool. Em 1945, poucos meses antes do final da guerra, várias naves destas estavam prontas e desapareceram da Alemanha, sem serem utilizadas em combate. Lothar waiz, e alguns outros velhos pilotos da I GM também não foram mais vistos, deduzindo-se que houve uma evasão antes da derrocada total do III Reich.


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