O dia mais esperado para Maria, quando visitou Viena em 1917, foi o do encontro com, o General Karl Haushofer, avô do tenente Bernhard. O jovem oficial se apaixonara por ela, antes do começo da 1ª Guerra Mundial, e se encontrava com ela durante as licenças. Agora, com as frentes estagnadas e muitas baixas causadas pelas armas químicas, era cada vez mais difícil.
Ao saltarem da carruagem em frente ao Café Schopenhauer, os jovens enamorados foram recebidos com atenção especial, pelo velho militar, que lhes indicou uma mesa onde já se encontravam dois homens. Nas apresentações, eles viram que se tratavam de celebridades, o barão Rudolf von Sebottendorf, e o piloto capitão Lothar Waiz, da mesma turma de von Richtofen, o Barão Vermelho.
Para essa reunião, os tres homens haviam planejado ouvir a opinião de Maria sobre as ideias que eles tinham para o futuro do povo Alemão. Apesar de ter apenas 22 anos, ela se identificou totalmente com a causa deles, e lhes contou sobre as visões que tinha, onde todos seriam unidos pela língua e demais tradições germânicas, em futuro grandioso. Entusiasmados, realizaram um ritual maçônico, muito discreto, com o qual criaram a ordem secreta da Pedra Negra, a base para a construção de um novo mundo, e se despediram. Eles só se veriam dois anos depois.
Maria continuou suas atividades, em Zagreb. Mas, com a guerra se tornando uma tragédia, cujos combates estouravam nas portas da cidade, a família se recolheu para o campo, onde havia um parente agricultor. Talvez, um dos motivos mais importantes para isso foi a possibilidade de serem caçados, devido às pregações de Maria pela unificação da Aústria e Alemanha. Isso havia sido proibido pelo Tratado de Versailhes, imposto aos derrotados, quando a guerra acabou, depois da abdicação do Kaiser Wilhelm.
Em 1919, ela se mudou para Munique, onde morava o seu noivo, sem o casamento tradicional, como queriam seus pais. O grupo da Pedra Negra, também se estabeleceu na mesma cidade, mas alugou o pequeno refúgio do guarda-florestal, próximo de Berchtesgaden, onde se reunia. Depois de alguns encontros com o grupo, Maria Orsic decide criar o seu próprio círculo, o "Alldeutsche Gesellschaft für Metaphysik", mais tarde conhecido como Vril, juntamente com outra médium, da qual se sabe apenas o primeiro nome, Traute. Ela se auto-intitulava como Sigrune (uma das valquírias). A palavra Vril surgiu quando espíritos referiram-se a uma espécie evoluída que visitou a Terra, em um passado remoto, e se estabeleceu no Oriente Médio, sendo o significado de “Vri-Il”, no antigo sumério, (“igual a Deus”).
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