sábado, 7 de novembro de 2015

CONTATOS CÓSMICOS



No dia 15 de julho de 2012, uma conjunção entre Vênus, Júpiter e a estrela Aldebaran – a super gigante vermelha da constelação de Touro – poderá ser vista a olho nu, entre às 4h30 e às 6h.

Até o início dos anos 20 não havia mais nada além de balela e folclore alemão, misturados com relíquias orientais. Mas, agora, havia desenhos com fórmulas matemáticas e químicas, e muitas orientações de preparativos para os objetivos futuros. Isso tudo nem um pouco fácil de entender. As médiuns não conseguiam transcrever corretamente os dados recebidos, ao tomarem conhecimento deles nas imagens mentais. Maria Orsic sentiu-se incapaz de continuar com as informações técnicas, pois chegavam em grande volume, difícil de lembrar enquanto escrevia. Depois de várias tentativas, Traute Sigrune adquiriu a rapidez suficiente para repassar ao papel tudo que visualizava. Com essa mesma técnica, Maria também conseguiu.


Com base nas revelações psíquicas, vieram os exercícios de concentração, em transe, para despertar e desenvolver capacidades físicas e telepáticas, com o objetivo de preparar algumas pessoas para viajar até Aldebaran. As dificuldades da língua alemã e da matemática decimal foram superadas, mas ainda havia um longo caminho até as teorias mais complexas. Só Maria e Traute conseguiam interpretar e repassar o que era transmitido, com a rapidez e precisão necessárias. Por isso elas foram as escolhidas para as viagens interdimensionais. A comunicação, em Aldebaran, só seria viável por telepatia, então pessoas sem este dom não poderiam se candidatar.


A primeira providência para os membros da Pedra Negra, também chamada de Thule, seria repassar à indústria o projeto de uma máquina extraordinária, que fosse segura para as condições excepcionais as quais se destinava. E, em 1922, um disco que não voava mas permitia viagens até o planeta Suomi de Aldebaran, estava pronto. Foi relativamente simples construi-lo, porque se tratava apenas de um receptor de sinais, a parte mais difícil era por conta dos anfitriões, que emitiriam os comandos de teletransporte. O maior trabalho na Terra foi o de dar as condições de sobrevivência de uma pessoa dentro do artefato. As instalações eletromagnéticas a bordo não eram muito diferentes, com algumas melhorias, das já conhecidas na época.


Os integrantes da Thule e da Vril chamaram o seu primeiro projeto técnico de máquina de voar ao além, ou (JFM) Jenseitsflugmaschine. Uma campanha denominada apenas por suas letras iniciais J-F-M foi apresentada à comunidade de negócios alemã para arrecadar fundos para a construção desta máquina. A primeira assinatura na lista foi a de Himler, e o valor que ele doou serviu de modelo para todos os seguintes. Em 1922, as peças da máquina começaram a chegar a partir de várias fontes industriais, pagas integralmente pelas sociedades Thule e Vril.


Depois de montado o aparelho tinha a forma de disco, com uma gabine fechada no centro. Ao funcionar criava-se um campo eletromagnético rotativo com intensidade crescente, até um ponto onde ocorria uma oscilação interdimensional, abrindo uma porta para outro mundo, ou portal do além. O único objetivo seria alguém fazer contato diretamente, em Suomi, Aldebaran, com aqueles que tinham fornecido as informações através da canalização.



As duas escolhidas viajaram, assim que se sentissem prontas, uma de cada vez, com a diferença de alguns meses. Maria que foi a primeira, teve confirmada uma gravidez inesperada, quando Traute estava partindo. Como já estava casada com Bernhard, há vários anos, mesmo procurando evitar filhos, era possível que por acidente tivessem feito algo errado. Mas, a segunda viajante era solteira, e depois de sua volta, ela também estava grávida.


Infelizmente, as duas não tinham muito a contar sobre a outra civilização. Os teletransportes de ida e de volta foram assustadores, mesmo em transe, e a estadia no planeta foi em um local isolado, pois as condições locais não eram compatíveis com a nossa constituição fisiológica. Os seres de lá só podiam se aproximar das viajantes em trajes especiais. Além das palestras institucionais, por telepatia, por vários dias, cada uma recebeu apenas uma metade de uma chave, que juntas permitiriam, no futuro, o funcionamento de uma máquina especial para beneficiar as pessoas da Terra.


A única explicação que Maria e Traute podiam dar, é que foram manipuladas e inseminadas pelos seres, enquanto dormiam entre os períodos de atividade de instrução. Elas tentaram se comunicar outras vezes, para reclamar porque haviam sido abusadas e vieram a engravidar, mas os seres também não tinham explicação convincente. Eles acreditavam que a expectativa da viagem pode tê-las feito ovular, e o transporte provocou a duplicação os RNA dos óvulos, produzindo clones delas. Se fosse assim, eles advertiam que cada criança só sobreviveria próxima da meia chave que sua mãe recebeu em Aldebaran, pois ela a manteria ligada ao portão interdimensional, onde foi concebida.


Por via das dúvidas, ninguém mais viajou para Aldebaran. Quando as duas meninas nasceram, eram muito parecidas com as mães realmente, mas após decisão unânime o JFM foi desmontado. O efeito colateral da suposta gravidez de clone não foi bem visto, inclusive por causa do outro problema. Eles verificaram horrorizados porque os bebês paravam de respirar, em seguida, depois que eram afastados das chaves que suas mães trouxeram. Depois de dois anos de pesquisas, até 1924, a máquina, dividida em caixas lacradas, foi transferida para Augsburg, e armazenada nas instalações Messerschmitt. No fim da guerra, nenhum vestígio da JFM foi encontrado.

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